Uma estrada de sucessos; conheça o Dj MOOV
A cena eletrônica é cíclica e perspicazes são aqueles artistas com capacidade para entender suas próprias etapas e criar uma evolução em torno disso. O catarinense Murilo Oliveira é um belo exemplo desse ponto em questão. Após mais de dez anos de dedicação à discotecagem, ele sentiu que precisaria dar um passo adiante para se encontrar novamente na música eletrônica. Em 2015 passou a tocar e produzir sob a alcunha MOOV, um novo projeto pessoal dedicado a atmosferas melódicas, intimistas e voltado ao techno. Em pouco tempo veio o reconhecimento de alguns dos mais talentosos produtores brasileiros e releases por selos que executam papel importante no cenário nacional.
O EP de estreia foi lançado em janeiro de 2016 — antes disso, havia trabalhado em duas faixas de VAs, apenas. Moments saiu pela Medrado Music, selo gerenciado por Nato Medrado, artista da expressiva Armada Music, com “Mantra” chegando ao topo das paradas da gravadora, além de ser tocada por BLANCAh em algumas gigs importantes. Na sequência, duas colaborações com a Plano B Records. A primeira no VA de cinco anos da gravadora e a segunda no EP Inner Soul, amplamente elogiada pelo chefe do selo Vicente Amadeo aka Art in Motion, que a definiu como uma sonoridade original que há tempos não encontrava no país.
Já o ano de 2017 começou com o primeiro release de MOOV na Not Another, gravadora que vem lançando nomes como Alex Justino, L_cio e Sonic Future — para citar alguns. Nesse EP, explorou uma faceta mais sentimental e introspectiva do seu som e obteve considerável sucesso em suas três faixas originais, novamente alcançando o topo das paradas do selo. Ao se aproximar de Alex Justino, ficou mais perto da Nin92wo e sua estreia pelo label goiano não demorou para acontecer. O convite para remixar “Onirica”, música original de Monobloq, caiu como uma luva para o produtor catarinense, que topou o desafio e nos presenteou com um resultado tocante — Eli Iwasa encerrou seu set com ela no DGTL em maio.
Em setembro, três meses após o remix ser lançado, veio a oportunidade de trabalhar sua primeira faixa original no selo. “Red Star” saiu na compilação Arquetipo II e veio carregada novamente com a emoção necessária para atingir em cheios as pistas. O VA e a música foram sucesso de crítica, e a participação de MOOV manteve as portas abertas para colaborações futuras na gravadora. Em outubro, trabalhou o EP Restart para a estreia do selo Undertones e uma faixa para o VA Unique Moment vol. 2, da Timeless Moment. As experimentações no estúdio seguem a todo vapor para que, muito em breve, sua estreia pela Prisma Techno com um EP que terá remixes de Maksim Dark e tarter seja concretizada. Além disso, conta também com outras cinco faixas já finalizadas.
Motivação e empenho estes que servem como referência para todo e qualquer produtor que deseja levar sua música além, mas que volta e meia esbarra na incerteza sobre quais caminhos são necessários percorrer. Ainda há muito pela frente, mas MOOV tem percorrido cada curva com direção e precisão necessárias, trabalhando com sabedoria e transformando suor em resultados para superar ainda mais os seus limites.
Fonte: House Mag
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